segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Atropelando o Respeito

Fazia tempo que eu não deixava algumas palavras por aqui! Esta última semana foi um pouco diferente, mais animada, mais agitada, mais apaixonada! Por isso acabei me ausentando um pouco deste espaço, mas vou tentar ser mais assíduo!
Hoje teoricamente recomeçam minhas aulas na Faculdade. Teoricamente porque são 1 da tarde e não tive nenhuma atividade pela manhã e muito provavelmente não terei também nenhuma à tarde! Essa falta de organização às vezes me irrita! Bem, a volta às atividades da Faculdade é sempre um período crítico para os meus blogs! Eles sempre são abandonados, deixados de lado, quando as aulas voltam ao normal! Mas desta vez eu o criei querendo mantê-lo vivo por mais tempo! Até o nome do site - na caída do sol - foi escolhido em função disso. Minha idéia era manter a rotina de escrever sempre a tardinha quando chegasse em casa, mas essa meta já foi descumprida!

Mas vamos ao que interessa. O papo hoje é sobre um triste atropelamento que ocorreu  no final da última semana em Porto Alegre! 
Na China as bicicletas tem dificuldade de locomoverem-se nas grandes cidades! Quando um ciclista pretende passar entre os carros, ele espera até que outros ciclistas juntem-se a ele e então, em bloco, conseguem mover-se com maior facilidade e segurança em um trânsito um tanto quanto caótico. Essa atitude é referida como Massa Crítica. Há alguns anos está em crescimento, mundialmente, um movimento que tem o mesmo nome e que prega um maior uso de meios de transporte mias leves e não poluentes, como bicicletas, skates, patins, etc. Para chamar a atenção da população em geral para seu movimento, eles realizam passeios, normalmente ciclísticos em ruas centrais das cidades. Isso ocorre no Brasil, nos EUA, na Europa,enfim, em boa parte do mundo. Pois bem, foi realizado também em Porto Alegre! Cerca de 100 ciclistas faziam seu protesto, seu movimento quando um motorista acelerou seu carro na direção destes e atropelou-os (assista o vídeo). Desde então muito vem sendo discutido sobre o assunto. E eu me atrevo a ser mais um a falar, ou melhor, escrever sobre esse fato!

Nada, nada, nada justifica o que o motorista fez. Atropelar, de propósito, dezenas de pessoas é uma atitude que merece meu repúdio e que com certeza merece ser muito bem investigada e também merece ser julgada por um Juiz com seu notável saber jurídico ou então por uma pequena parcela da população, um Júri Popular, caso ele seja indiciado por homicídio doloso. Seria inadmissível que esse cidadão saísse impune dessa agressão covarde. Seu advogado argumenta que ele reagiu em função do medo de ser linchado, pois haviam vários motoristas atrás dele buzinando, forçando-o a passar. Ele tentou passar, foi impedido e recebeu ofensas e até mesmo agressões a seu carro. Para fugir da situação tentou achar uma brecha, acelerar e seguir em frente. É a defesa, ele tem direito a isso. Mas ele poderia ter agido de outra maneira, com certeza. Há alguns dias eu escrevia sobre o poder que temos de mudar o dia de uma pessoa utilizando atitudes e palavras positivas(um bom dia pra você também). Parece que faltou um pouco disso naquele dia.Cada um brigou pelo seu lado, sem aceitar ceder um pouco, e o que se viu foi uma tragédia de enorme proporção. Por sorte ninguém perdeu a vida. Acho que os anjos da guarda também haviam saído para pedalar um pouco e salvaram muitos naquele acidente.
Muito disso tudo poderia ter sido evitado com simples ações. Por exemplo, qual a necessidade de realmente bloquear uma rua importante da cidade às 6 da tarde de uma sexta-feira, na hora do rush? Se a idéia é mostrar que o ciclismo deve ter espaço entre os carros, o contrário deve valer, ou não? E por que não solicitar auxílio das autoridades para tornar o movimento ainda mais concreto? Agentes de trânsito e policiais dando escolta e facilitando o trânsito de todos, bicicletas, carros, pedestres, seriam fundamentais.
Paciência, palavra que vem em um processo muito rápido de extinção, também faria diferença! Se o motorista acusado e os demais, atrás dele, tivessem esperado um pouco, ou então feito uma rota alternativa, mesmo que perdessem 10, 15  minutos, a situação poderia ser diferente, bem diferente!]
Mas acima de tudo, o que faltou e vem faltando é respeito. Respeito ao pensamento e às angústias alheias. Esse atropelamento nada mais é do que o reflexo do pensamento geral de nossa sociedade. Ou seja, se alguma pessoa atrapalhar o meu caminho eu tiro da frente, independentemente do que isso vai significar para ela, o importante é o meu caminho não ser atrapalhado. Onde será que vamos parar dessa forma?
Após ser revelado o nome do autor desse bárbaro crime, começou uma investigação intensa na internet. Nesse momento o seu nome, seu e-mail, seu facebook são divulgados, retwettados, espalhados pela internet. Com que objetivo? Não deve ser para convidá-lo para passar o Carnaval em Salvador, né? Com certeza ele deve estar sendo xingado, recebendo ameaças de agressão, talvez até de morte, quem sabe até envolvendo seus familiares. Mais uma vez a falta de respeito e a inconsequencia tomam conta do pensamento de inúmeros indivíduos.
Essa história ainda vai ir bem longe! Muito vai ser discutido e debatido. Mas espero, sinceramente, que isso seja feito com respeito e compreensão!
Até!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Montanha Russa

Eu nunca andei de montanha russa na minha vida. Pelo menos não numa daquelas empolgantes que deixam todo mundo de queixo caído, gritando sem parar, até mesmo vomitando de emoção(ARETUZA que o diga)! Isso não chega a ser um trauma, mas é uma peça que ainda falta no quebra-cabeça de minha vida. Outra que ainda falta é uma festa surpresa. Ontem à noite não teve festa,mas teve uma surpresa que valeu por milhares de festas.
Estava eu em minha casa e louco de vontade para não estar lá! Estava com uma espécie de síndrome das pernas inquietas, querendo sair, nem que fosse para dar a volta na quadra. Pois bem, em um papo com a Lorena, cúmplice nº1 dessa surpresa, ela convenceu-me a sair e ir jantar com ela e o Rosinha, seu namorado, sob o pretexto de conversarmos um pouco, para eu dar uma fugida do clima de baixo astral pela morte do vô. Fui bem tranquilo! Sem saber o que me esperava!
Chegamos ao local, uma bela Pizzaria na Curva da Morte aqui em Pelotas(fica a dica para quem quiser conhecer: Pizzaria e Choperia Bella Veneza). Pedimos nossa janta, um choppinho para acompanhar e ficamos batendo papo por uma hora, uma hora e meia! Até que a Lore levantou e disse que precisava ir na casa de sua dinda, pois ela já havia mandado várias mensagens. O que era verdade, durante a noite ela recebeu inúmeras mensagens. Mal sabia eu que tudo fazia parte de um plano deliciosamente maquiavélico.
A Luiza, minha namorada, já estava a caminho de Pelotas desde o início da tarde! Pois é, São luiz Gonzaga fica bem longe daqui, precisa sair cedo para chegar aqui tarde! Quando ela passou a se aproximar de Pelotas passou a mandar mensagens dizendo onde andava para orientar a Lorena o quanto ela tinha que me enrolar ainda!
Mas no final deu tudo certo! Foi uma linda surpresa! Embora no início uma sensação de choque tenha tomado conta de meu corpo! Como assim, a Luiza, minha namorada, que era para estar a mais de 500 km de distância, estava bem ali na minha frente? Mas depois foi só alegria! Embora tenha ficado aquela sensação de corno, de ser o último a saber, pois todos a minha volta, incluindo minha amada irmãzinha, sabiam de tudo! Mas no fim valeu a pena, a surpresa foi muito legal! Depois dessa última semana meio turbulenta, meio triste, eu estava mesmo precisando de uma sensação boa destas!

É estranho como nossa vida tende a nunca entrar em equilíbrio! Sempre estamos alternando momentos, emoções positivas e negativas. Somos realmente uma montanha russa de sentimentos. E a forma como lidamos com as subidas é que nos prepara para as descidas.E vice-versa!
Por mais que tentemos nos manter equilibrados em nossas relações com amigos, familiares,namorados, sempre haverão momentos onde a felicidade sobressairá e outros onde a tristeza ganhará mais valor! E o efeito desse "sobe-e-desce" nem sempre é positivo! Em determinados momentos passamos a esquecer que por mais íngrime e assustadora que seja uma descida, por mais que pareça que vamos dar de cara no chão, por mais que pareça que nossa vida está chegando no fundo do poço, sempre haverá logo após uma subida! Na primeira descida, na primeira dificuldade fechamos os olhos e só abrimos quando o caminho termina! Mas nesse intervalo houve vários momentos de alegrias que acabamos não dando valor por achar que talvez não suportássemos a tristeza de uma frustração!

Nessa última semana eu vivi isso! Fim de semana passado eu estava extremamente feliz! Depois de 3 semanas tinha reencontrado a Luiza! Na segunda-feira, desci fundo com a morte do vô! E a descida se manteve por mais alguns dias, mas ontem ao rever a Lu mais uma vez voltei a subir, voltei a ver a alegria tomar conta de boa parte do meu dia! E  eu que sempre gostei de pensar que o equilíbrio era  sentido da vida, percebi que na realidade a vida é justamente o contrário, um desequilíbrio de emoções!



Eu nunca andei de montanha russa. Eu nunca tive uma festa surpresa! Mas com certeza já tive uma surpresa que foi uma festa e que me transformou em uma montanha russa de emoções!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Luto

Nunca a cor de fundo deste blog fez tanto sentido para representar o sentimento vivido por mim. Terça pela manhã, mais precisamente às 10 horas, assisti, abraçado em minha mãe e minha irmã o enterro de meu avô. E aproveito este espaço para desabafar um pouco, aliviar algumas tensões, tornar esse momento não tão triste.
Ele ficou internado na UTI por 18 dias em um estado muito grave, com a morte sendo assunto principal em muitas de minhas conversas desde então. Talvez tentando preparar-me para o que viria. Nos últimos 2 dias de internação seu quadro agravou-se muito e a partir de então sua perda deixou de ser um dúvida e passou a ser uma certeza.
Uma triste certeza. Mas como nesses últimos dias seu sofrimento era enorme e já não havia qualquer possibilidade de uma vida pós-UTI, desejei do fundo do coração que o carinha lá de cima o tomasse em seus braços. A mãe, outras irmãs dela e a vó fizeram a mesma coisa, domingo à noite rezaram muito para que ele fosse bem recebido por Deus. Na segunda pela manhã ele faleceu. Fui o primeiro familiar a ver o corpo e posso dizer que sua feição era muito mais terna, menos sofrida do que nos últimos momentos de vida. E para elas isso foi um sinal claro de que Deus ouviu nossas preces. E quem pode garantir que não foi isso mesmo?
O vô tinha uma grande importância na minha vida, por vários motivos. E durante as várias horas de velório, incluindo a madrugada fria e interminável no cemitério, pude reviver vários desses motivos em meu pensamentos.
Vi várias pessoas só falando coisas  boas dele! Enaltecendo suas inúmeras qualidades, esquecendo totalmente seus defeitos. E nessa hora lembrei das aulas de Psicologia Médica, onde os professores sempre ressaltam que essa é uma atitude normal diante da morte de um familiar ou de um amigo. Temos a tendência de usar uma lente sobre as virtudes de quem faleceu e deixar de lado seus erros, sua falhas. Mas com isso lembrei do empenho que o "Seu Geraldo", como a maioria das pessoas que foram ao enterro o chamavam, teve para me ajudar a tornar uma feliz realidade o tão lindo e difícil sonho de ser médico. Ele sempre ajudou-me muito, não só financeiramente  pagando cursinho, dando livros, bancando congressos, mas também sempre me orientando, abrindo meus olhos para os caminhos que eu havia de seguir dali pra frente. Se hoje eu posso estar realizado por cursar Medicina é muito por causa dele! E em cada vez que eu receber o "rótulo" de "Médico Humano" vai ser praticamente 100% graças a ele! Aprendi muita coisa sobre como ser uma pessoa mais solidária, mais amorosa, mais compreensível com ele. A cada conversa que tínhamos ele me fazia entender a importância disso tudo nas relações humanas, tornando-as mais sólidas, mais verdadeiras.

Fé era uma das maiores qualidades do vô. Sim, fé! Nunca estive em frente de uma pessoa que tivesse mais fé que ele! Especialmente fé em Deus. Sabe aquela história de "amar a Deus sobre todas as coisas"? Pois é, nós vivíamos isso toda vez que o encontrávamos. De uma forma ou outra, com muita calma e serenidade em suas palavras, ele sempre nos fazia compreender o quão Deus é importante na vida de uma pessoa. Ele era católico praticamente, mas nunca obrigou ninguém a seguir seus passos, apenas nos orientava a sempre ter em mente a importância de amar a Deus e de seguir nossa vida baseada em princípios do amor e do bem. Ele amava tanto a Deus que fazia questão de o entregá-lo na forma do "Corpo de Cristo" a todos que podia. Sempre que chamado ia a Hospitais, Asilos, Residências entregar a Hóstia para quem por  algum motivo não havia conseguido participar da Missa. Há algum tempo, enquanto ainda estava totalmente lúcido deixou bem claro o seu desejo de ser enterrado com a veste que usava a cada Eucaristia, demonstrando o quanto amava a oportunidade de levar um pouco de Deus às pessoas. Na hora da encomendação do corpo, realizada pelo Padre Bandeira, padre que foi sempre um amigo do vô, muito mais do que o Celebrante das Missas onde ele era Ministro, o que se notava era uma corrente geral de aceitação e afirmação de todos os presentes. Todos concodaram com tudo o que foi falado, especialmente com a expressão utilizada pelo padre, dizendo que o vô era a personificação da solidariedade e do amor a Deus.
A madrugada de velório e a manhã de enterro foram tristes, muito tristes. As lágrimas foram companheiras de todos ali presentes. E ao mesmo tempo que eu tinha vontade de chorar copiosamente, precisava manter a calma e a força para segurar a barra que minha mãe e minha irmã, muito abaladas com tudo aquilo, suportavam. E a cada vez que alguém começava a chorar logo elas desabavam em um choro soluçante. E eu precisava dar  suporte a elas. Foi um duelo entre a emoção e a razão. E a razão acabou prevalecendo. Pude ser um apoio sólido a elas. Mas por isso acabei segurando minhas emoções. Me conheço bem, sei como isso acontece comigo. Daqui alguns dias, quem sabe semanas, vai haver um momento onde eu vou chorar tudo isso que não chorei, mas aí só eu vou sentir isso, sem preocupar ou aumentar o sofrimento de ninguém.
Aproveitando que estou falando sobre esse triste momento, gostaria de agradecer a presença do Vinícius Rosinha e da Lorena que foram até o cemitério depois da meia-noite só para poder me dar um confortante e alentador abraço. Já disse a vocês que são amigos muito importantes em minha vida, mas cabe também um agradecimento e uma reverência "púlica"!
Bem, o vô faleceu, foi enterrado e a vida seguiu. Diferente, pois já não posso mais visitá-lo e ouvir suas sábias palavras. Mas elas ainda ecoarão em minha mente e coração enquanto eu estiver vivo. E se eu ainda tenho direito a um último pedido a ele, é que me ajude a me manter o mais próximo dos caminhos que trilhou e deixou marcado para seguirmos.
Até!


Obs: Obrigado a quem ler esse post, pois de alguma forma está me ajudando a superar esse momento delicado!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Um bom dia para você também

Ontem à noite, graças a essa incrível e poderosa arma para interação entre as pessoas que é o MSN, conversei por alguns instantes com uma grande amiga dos idos e vindos tempos de CEFET, hoje denominado IF-Sul( nunca vi uma escola mudar tanto de nome, mas tudo bem!). Entre os papos que tive com a Paulitcha, destaco hoje a conversa que tivemos sobre a importância que tem o bom-humor, o sorriso nosso de cada dia.

A sociedade dita moderna baseia sua alegria, sua felicidade, em cima apenas do sucesso. Ou seja, o negócio é vencer. E vencer se tornou um negócio. Ok, isso ajuda ao crescimento econômico, ao desenvolvimento de novas tecnologias, ao acúmulo de riquezas. Mas qual o preço que estamos pagando por isso? O fato de não percebermos o quanto perdemos não quer dizer que não estamos perdendo nada. Tu podes deixar uma torneira pingando no banheiro e fechares a porta. Ótimo, não verás o desperdício de água, mas ela continuará escoando pelo ralo. Deixando as comparações de lado, vamos falar de nosso dia-a-dia.
A maioria das pessoa que lê meus textos trabalha, seja como escra...quer dizer, como estagiário(meu caso) ou já como profissional. E diariamente em nossos estágios, nossos empregos vemos a corrida por resultados dominar nossa rotina. E faz isso silenciosamente. Para e presta atenção, veja se em algum dia tu já não acabaste sendo grosseiro, até mesmo mal educado com alguém só para conseguires determinada tarefa de forma mais ágil. Não foi por mal, acabou sendo instintivo. Nosso instinto hoje é de rapidez e sucesso. E  o preço que estamos pagando por tudo isso? Estamos aceitando passivamente sermos grosseiros só para atingir objetivos. Isso não é certo. Está muito longe de ser o correto. E mesmo assim seguimos agindo da mesma maneira. Até quando? Até o dia em que vamos pegar uma arma e apontar pra alguém dizendo que precisamos de tal documento para ontem e se não recebermos vamos matá-lo? Espero que esse dia nunca chegue!
Mas o que mais me assusta é a corrente de grosserias que acompanha todo esse processo. Sabe aquela história de uma pequena bola de neve virar uma avalanche? Pois é, é isso que ocorre. Eu chego em um banco e peço pro caixa trocar um cheque. Ele me fala que eu não posso trocá-lo naquela agência. Como eu preciso do dinheiro pra agora já me sinto no direito de xingá-lo. E já saio do banco  p...da vida em direção ao meu trabalho. Aí me liga um amigo me pedindo uma grana emprestada. Como estou revoltado, digo para ele que se nem o banco me dá dinheiro eu não vou emprestar para ele também. Como ele já não estava de bom-humor já aproveita para me xingar um pouco também. Aí ele decide ir ao banco retirar um dinheiro da conta, mas como já estava negativo o caixa lhe diz que não vai poder lhe dar o dinheiro e ainda por cima, como havia sido xingado anteriormente por mim, sente-se no direito de cobrar o meu amigo de forma agressiva. Lógico que é uma situação hipotética e um tanto quanto exagerada. Mas com certeza tu já viveste um dia assim, onde parece que todo mundo a tua volta fez um complô para te tirar do sério. Aqueles dias em que tu chegas em casa e twitta: "eu não deveria ter saído da cama hoje!"
Pois é, mas essa tua frase está totalmente equivocada. Pois tu é o responsável por mudares tudo isso. Quer dizer, quase tudo isso. A loucura do mundo moderno nós vamos demorar um pouco a mudar, se é que ainda veremos essa mudança. Mas essa corrente do mal pode ser facilmente invertida por uma corrente do bem, das boas vibrações. Como? Facilmente. Com sorrisos, atitudes gentis e delicadas. Com bom-humor. Faça o teste. Ao acordar abra um gigantesco sorriso no rosto e a partir daí não tire mais a boa energia do corpo. Dê um animado bom dia para primeira pessoa com quem encontrares e faça isso com todas as pessoas que encontrares, sejam elas teu chefe ou o guardador de carro que fica na frente de tua casa. Se alguém for rude contigo, faça o contrário, seja gentil com essa pessoa. Pode ter certeza que vai valer a pena.
Tem pessoas que quando recebem o desejo de um bom dia simplesmente respondem: "bom dia para quem?" Como uma pessoa dessas vai ter um dia feliz? Impossível. A não ser que ela encontre pela frente uma pessoa que mostre que o dia pode ser bom, mesmo com contas a pagar, discussões a aturar, ônibus lotado a enfrentar. Não importa o que vem pela frente. Se tu acreditas fielmente que teu dia vai ser bom e fazes o máximo possível pro teu dia ser bom não há Lei De Murphy que mude isso.
Fica a dica pra um teweet matinal: "Hoje vai ser o melhor dia da minha vida!" Quando usá-lo? Todos os dias!
Até!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Empatia

Empatia. Sabes o que significa? Segundo o velho e bom Aurélio quer dizer "capacidade de se identificar com outra pessoa e compreendê-la emocionalmente"! Já nas aulas de Medicina ouvimos os professores falarem imúmeras vezes que devemos ter empatia pelos pacientes, o que para eles significa colocar-se no lugar dos pacientes , imaginar dua dor, ter ideia do seu sofrimento. Bem, é sobre esse lado da empatia que quero falar hoje!
Ontem a tarde viajei com o Brasil para Rio Pardo, onde vencemos o amistoso contra o Riopardense por 2 x 1. Na volta do jogo passamos pela estrada na qual em 15 de janeiro de 2009 um grave acidente vitimou fatalmente 3 integrantes da delegação xavante. Para quem não sabe, faço estágio no Departamento Médico do Brasil desde 2009, ou seja, embora eu não tenhas estado naquele acidente, ele mudou bastante minha vida! Desde o velório dos que faleceram até o último dia com atletas internados no Hospítal - mais de 2 meses depois do acidente - ouvi diariamente relatos claros e impressionantes do pavor que tomou conta de todos naquela noite. Aliás, ainda hoje escuto algumas histórias sobre aquela fatídica noite narradas por pessoas que ainda fazem parte do Brasil.
Noite passada, ao passar pela curva descrita, a sensação que tive foi de que todos os relatos se uniram em minha mente e ganharam, corpo, ganharam forma, tornaram-se realidade! E por alguns instantes eu pude ver nitidamente tudo que aconteceu naquela noite! E como foi triste! Como foi doloroso! Colocar-me no lugar de quem esteve naquele ônibus me fez ver o quão horrível deve ter sido a sensação do ônibus capotando, da dor de quebrar uma perna, da dor de quebrar um braço, da enorme tristeza de constatar o óbito de um colega. Tudo isso passou pela minha cabeça em nossa viagem de volta! E junto veio a lembrança de que por muito pouco eu não fui naquela viagem em 2009. Era um jogo amistoso contra o Santa Cruz, perfeito pra minha iniciação no mundo do futebol profissional. Mas o jogo que estav marcado para uma terça-feira foi transferido para quinta-feira, dia em que havia uma cirurgia importante onde eu seria o auxiliar do cirurgião. Bah...lembro que fiquei muito "de cara" por não poder viajar com o Xavante. Aquele era o meu time do coração e poder viajar fazendo parte da delegação e não só como torcedor era um sonho.Quem poderia adivinhar que o sonho, por um detalhe, não transformar-se-ia em um pesadelo?
Lamentei muito, muito mesmo, a moprte do Milar, do Régio, do Giovane. Também fiquei muito chateado pelas lesões sofridas por todos naquele ônibus. Mas rezei muito a Deus agradecendo o fato de ele ter me feito ficar em Pelotas naquele dia! E hoje volto a agradecê-lo e pedir muita paz e aconchego para os que partiram e também para suas famílias que aqui ficaram, sentindo muita falta deles.
Ao meu lado na viagem de ontem estava o Cléber Gaúcho, jogador em 2009 e auxiliar técnico neste ano. Ele é uma pessoa de um coração enorme e que ficou muito abalado com toda aquela situação que ele viveu. Parei e observei-o. Seus olhos tinham uma mistura de teristerza profunda e comoção. E nessa hora tive a certeza absoluta de que por mais empatia que tenhamos, por mais que imaginemos o tamanho da dor e do sofrimento alheio, jamais iremos senti-los com a mesma intensidade de quem os vive.
Até!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

2 anos de namoro

O que te marcou nos últimos 2 anos? Pense com carinho e tente escolher alguma pessoa, alguma coisa, alguma situação que marcou tua vida nesses 2 últimos anos! Difícil escolher uma coisa só? Acredito que seja mesmo! Mas para mim não é, pois há 2 anos eu começava a namorar, mesmo sem um pedido exatamente oficial, uma linda mulher, de nome Luiza.
Nos conhecemos em uma festa aqui de Pelotas e no exato momento que coloquei os olhos nela o meu pensamento foi o seguinte: "essa baixinha ainda vai ser minha!" No nosso primeiro encontro fomos tímidos, apenas a troca de olhares, um papo aqui, outro lá, mas nada de mais. Poucos dias depois chamei umas amigas nossas em comum para sair e lógico que intimei a presença dela. Aí sim, parti pro ataque...com calma, uma mãozinha fazendo um carinho de leve nas costas, uma conversinha ao pé do ouvido, até o primeiro beijo! Depois disso foi só alegria. Nesse mesmo dia já me apaixonei! Minha primeira mensagem de texto pra ela já foi quase uma declaração de amor! E ali nascia nosso amor!
Muitas histórias temos para contar! Lembramos seguidamente das primeiras vezes que ficávamos, ainda sem namorar. Certo dia, ao deixá-la em frente a casa da vó dela - onde ela morava até então - ouvi um barulho na porta. Muito tímido como sou, logo saí em disparada, não querendo ser pego em flagrante ali por ninguém. Até hoje nos divertimos muito lembrando dessa história!
Aliás, isso é uma coisa que nos une muito. Nós sempre nos divertimos quando estamos juntos. Damos risada de qualquer bobagem. Adoramos ver programas "bobos"! E o pior é que nos divertimos de verdade. Quer um exemplo? Sábado de tarde nossa programação preferida é mate, pipoca, negrinho e a companhia do Rodrigo Faro no Melhor do Brasil da Record. Um programa sem nenhum atrativo especial, mas que faz a gente dar muita risada! Mas se assistimos sozinhos não tem a mínima graça!
Nosso namoro é assim, muita alegria, muita diversão, muita paz. Não somos aquele tipo de casal que vive brigando, sabe! Tem gente que diz que isso faz bem para a relação. Pode até ser que para alguns faça. Mas para nós não. O fato de nunca termos tido uma briga feia nesses 2 anos é um grande orgulho para nós! Briguinhas pequenas, aliás discussões pequenas, nós temos. Até porque somos dois implicantes. E se em algum dia acordamos de mau-humor a implicância acaba não sendo tão divertida, né!hehe
Bem, mas o que fez eu me apaixonar tanto por essa baixinha? Eu já me perguntei isso algumas vezes e nem sempre achava a resposta correta. Mas há cerca de 3 meses eu encontrei essa resposta. Estava num Acampamento e pensei muito nela naqueles dias. E foi lá que eu encontrei essa resposta. Essa pequena grande mulher é meu elo mais próximo com Deus. Ela é presença de Deus na minha vida! Porque ela é paz, porque ela é carinho, porque ela é solidariedade, porque ela é companheirismo, porque ela é altruísmo,  porque ela é respeito, porque ela é dedicação, porque ela é luz, porque ela é amor...eu poderia falar inúmeras qualidades dela, eu poderia citar inúmeras virtudes divinas, e em todas elas eu enxergaria a Luiza!
E como é bom ter uma pessoa assim na vida da gente! Como é bom poder enxergar Deus em cada dia ao teu lado! Sabe aquelas coisas que a mãe dizia pra gente quando éramos pequenos: Deus está nas árvores, está nos céus, está em todos os lugares. É tudo verdade. Mas melhor que tudo isso é sentir de verdade Deus em sua vida!

Não vou ficar aqui citando tudo que a Luiza faz para manter nosso relacionamento da melhor forma possível! Mas posso dizer que nunca vi ninguém, ninguém mesmo doar-se tanto por um relacionamento.Uma vida inteira de agradecimentos meus a ela seria pouco! O que tento fazer, diariamente, é retribuir isso. Mas sempre saio com a certeza de que poderia fazer um pouco mais. Mas isso não é tão ruim. Fica o incentivo para no próximo dia fazer um pouco mais.
Bem, chegamos hoje a 2 anos inteiros de namoro. Nesse tempo tivemos inúmeras fases. Muito próximos como em todo ano de 2010 e bem distantes como estamos agora em 2011! Mas nunca, em nenhum momento, o amor se abalou, nem mesmo a paixão, que ainda é forte, intensa, calorosa, vívida! E é por isso e por inúmeras outras coisas que me orgulho de hoje, dia 4 de fevereiro de 2011 dizer que comemoro 2 anos de namoro com a Lu, com meu amor, com minha baixinha, mas acima de tudo, com a mulher mais especial desse mundo, aquela que é a mulher da minha vida, aquela que será a mãe de meus filhos!
Até!

OBS: Escolhi essa foto porque foi uma das que tiramos no primeiro dia em que ficamos! E a alegria daqueles sorrisos é a mesma que dividimos até hoje, 2 anos depois!